Durante o período de confinamento, causado pela pandemia da Covid-19, as pessoas foram privadas de ir e vir, de se relacionar com o externo e o entorno, de manter contato físico com seus entes queridos. Tudo passou a ser feito por meio de plataformas online até mesmo apresentações e exposições artísticas. Para amenizar os efeitos causados pelo distanciamento social, manter-se ativa, atuante em momentos de privações, incertezas e medos, a autora recorreu a práticas barroco-mestiças nas artes visuais, ressignificando materiais, memórias e procedimentos artísticos, dando início ao doutorado em comunicação e semiótica, um projeto pluridisciplinar, que tem em seu escopo teórico-metodológico os conceitos de semiótica da cultura, semiosfera, imprevisibilidade, explosão e memória de Iuri Lotman; cultura, barroco, mestiçagem e memória de Amálio Pinheiro e complexidade e memória, de Edgar Morin. O objetivo da pesquisa é estudar e registrar o processo criativo atuando em conjunto com procedimentos artesanais, na transformação de um signo em outro signo. Tendo o método sintático e comparativo para mostrar a importância das conexões múltiplas dentro de cada obra, a autora encontrou na artemídia as ferramentas necessárias para produção e divulgação dos seus trabalhos. Artemídia ou mídia arte, assim como toda arte, é feita com os meios do seu tempo, é uma forma de expressão artística que utiliza as características técnicas, semióticas e processuais da mídia e das artes visuais, muito difundida nas redes sociais, como forma múltipla, complexa e variável de expressão, manifestação e comunicação. Presente em instalações multimídias, esculturas eletrônicas, ambientes e performances.
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